Quase 40 dias após o assalto a seis apartamentos de um condomínio em Ribeirão Preto, ocorrido em 22 de setembro de 2025, a Polícia Civil segue investigando o desaparecimento de Júlia Moretti de Paula, 21 anos. Júlia aparece nas imagens do crime dentro do elevador, acompanhada de um homem com disfarce feminino, sem esconder o rosto. Segundo o delegado José Carvalho de Araújo Júnior, a corporação não tem notícias sobre seu paradeiro e trabalha com todas as hipóteses, desde que ela esteja se ocultando até a possibilidade de ter sido vítima de algum incidente.
De acordo com as apurações, Júlia mora em Araçatuba e, segundo a investigação, atuava como garota de programa. Ela teria conhecido um integrante da quadrilha durante uma viagem ao litoral paulista e sido convidada a integrar o esquema. A polícia atribui a ela participação na organização do crime: teria alugado o imóvel usado como base pela quadrilha, apresentado documentos falsos e depositado R$ 12 mil de caução na imobiliária.
Além de Júlia, outras duas pessoas permanecem foragidas, entre elas uma mulher apontada por ter recebido e pago pelas joias roubadas. Até agora, 14 pessoas foram presas por envolvimento no caso. A investigação já recuperou mais de R$ 100 mil em dinheiro, joias e objetos, mas o prejuízo total às vítimas pode superar R$ 4 milhões. Fontes policiais informaram que cada participante do grupo recebeu aproximadamente R$ 15 mil com a venda das peças.
O delegado ressaltou o trabalho da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), que identificou e prendeu a maior parte dos suspeitos em poucos dias. A apuração sobre o valor total recuperado e as circunstâncias do desaparecimento de Júlia seguem em andamento.