Polo de bioenergia no entorno de Sertãozinho reúne 18,6 mil empresas e faturou R$ 37,1 bi em 2024, diz estudo

Um levantamento apresentado pelo CEISE Br durante a Fenasucro & Agrocana, mostrou a dimensão da cadeia produtiva de equipamentos para biocombustíveis e bioenergias na região de Sertãozinho.

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Nando Medeiros
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Polo de bioenergia no entorno de Sertãozinho reúne 18,6 mil empresas e faturou R$ 37,1 bi em 2024, diz estudo

Um levantamento apresentado pelo CEISE Br durante a Fenasucro & Agrocana, mostrou a dimensão da cadeia produtiva de equipamentos para biocombustíveis e bioenergias na região de Sertãozinho.

O estudo, elaborado pela Markestrat, identificou 18,6 mil empresas instaladas em 16 municípios do entorno que, juntos, faturaram R$ 37,1 bilhões em 2024.

As cidades mapeadas são: Barrinha, Brodowski, Cravinhos, Dumont, Guariba, Jaboticabal, Luís Antônio, Matão, Pontal, Ribeirão Preto, Jardinópolis, Pitangueiras, Sertãozinho, Serrana, Pradópolis e Viradouro.

Segundo o diagnóstico, a cadeia emprega mais de 105 mil trabalhadores e movimentou R$ 4,1 bilhões em massa salarial. A remuneração média na região ficou 20,4% acima da média regional, enquanto o nível de escolaridade da força de trabalho é 12% superior, indicador de maior qualificação técnica no setor.

O segmento de Máquinas e Equipamentos se destacou como principal gerador de receita, com R$ 24,4 bilhões e cerca de 27,6 mil empregos, concentrando também a maior densidade de empresas que fornecem tecnologia às usinas.

O mapeamento apontou ainda entraves que limitam o crescimento do polo: dificuldade de acesso a crédito para modernização e inovação, carga tributária elevada e complexa, escassez de mão de obra técnica qualificada, falta de políticas públicas específicas para bens de capital da bioenergia, concorrência predatória com impacto cambial e barreiras logísticas para exportação e distribuição.

Para a presidente do CEISE Br, Rosana Amadeu, os números comprovam o potencial da região como fornecedor estratégico para a bioeconomia, mas ressaltou que são necessárias políticas consistentes, financiamento acessível e programas de qualificação para ampliar a competitividade e a presença internacional das empresas locais.