Primeiro trecho em obras na Nove de Julho deve ser liberado em 45 dias

Cartão-postal da cidade, obra vai revitalizar completamente a avenida e construir galerias para acabar com enchentes na região central

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Nando Medeiros
· 3 minutos de leitura
Primeiro trecho em obras na Nove de Julho deve ser liberado em 45 dias

Cartão-postal da cidade, obra vai revitalizar completamente a avenida e construir galerias para acabar com enchentes na região central

A avenida mais famosa de Ribeirão Preto, que desde o final de junho recebe uma merecida obra de revitalização, terá seu primeiro trecho concluído em 45 dias. O trecho fica entre as ruas Marcondes Salgado e Garibaldi, com a São José no meio. Ali, fica o ponto mais baixo da centenária avenida e, por isso, estes dois quarteirões encabeçam a construção do sistema de drenagem que está sendo construído, começando na Nove e descendo por dois pontos distintos (pelas ruas Marcondes Salgado e São José), até o córrego Retiro Saudoso, na Francisco Junqueira. Esta medida tem por meta acabar com os alagamentos que, há décadas, ocorrem na região central.

A obra da Nove de Julho começou no último dia 20 de junho e foi dividida em cinco trechos de dois quarteirões cada, para causar a menor interferência possível ao trânsito e à vida dos moradores e comerciantes do entorno. Cada trecho tem previsão média de cerca de três meses para terminar, podendo ocorrer atrasos em alguns ou conclusão antecipada de outros, mas sem afetar a entrega da obra, marcada para junho de 2024.

O trecho em questão já teve todos os paralelepípedos retirados e foi escavado para colocação de um pavimento reforçado em várias camadas: terra, brita, concreto e areia compactada. Depois disso, os paralelepípedos serão recolocados sobre esta base, totalmente fixos e alinhados, sem risco de voltarem a ficar desnivelados por causa do impacto dos veículos e do tempo.

Foto: Guilherme Sircili

Segundo o secretário municipal adjunto de Obras Públicas, Luiz Eugênio Scarpino, falta pouco para esta etapa começar. “Em breve, poderemos iniciar a recolocação dos paralelepípedos”, disse Luiz Eugênio. “Neste trecho, também executamos a rede de drenagem de águas pluviais de toda a Nove de Julho, que agora serão conduzidas pelas ruas Marcondes Salgado e São José até o Retiro Saudoso, na Francisco Junqueira, outro trecho avaliado como um dos mais difíceis, por conta da quantidade de interferências das redes de água potável e esgoto, que abastecem toda a região”.

Outro aspecto que desafiou os engenheiros, segundo ele, foi a ‘descoberta’ de redes de água pluvial na rua Marcondes Salgado. As ligações feitas ali, há muito tempo atrás, não estavam registradas nos projetos do Centro da cidade. “Por isso, não puderam ser previstas pelo projeto atual, exigindo uma revisão, que já foi feita”, contou Luiz Eugênio.

Com tudo isso, a obra neste trecho da Nove de Julho, programada inicialmente para terminar no final de setembro, vai durar cerca de mais 45 dias, segundo a Construtora Metropolitana. Para agilizar o processo, a empreiteira está contratando mais funcionários.

Foto: Fernando Gonzaga

A VELHA NOVE DE CARA NOVA

Depois da obra, a avenida Nove de Julho – que é patrimônio histórico da cidade e a mais querida para os ribeirão-pretanos – terá suas características principais conservadas, porém totalmente revitalizadas, garantindo mais fluidez, conforto e segurança para motoristas, usuários de ônibus e pedestres.

Confira as principais características da obra:

  • Construção de corredor exclusivo para ônibus de mais de 2 km, nos dois lados da avenida, em toda a área tombada (a partir da Av. Independência até a altura da rua Tibiriçá, em frente à Recreativa)
  • Revitalização completa da avenida em toda a área tombada, compreendendo:
  • Retirada de todos os paralelepípedos
  • Construção de pavimento super reforçado de mais de meio metro de profundidade
  • Recolocação manual, feita por profissionais especializados (calceteiros) de todos paralelepípedos, sobre o pavimento reforçado
  • Retirada de todas as pedras portuguesas do canteiro central e recolocação, corrigindo os desníveis atuais e substituindo as pedras danificadas
  • Mais de 3 km de galerias de águas pluviais para acabar com os alagamentos
  • Instalação de redes de água potável e de esgoto
  • Sinalizações para pedestres em todas as esquinas
  • Rampas de acessibilidade nas dez esquinas que compreendem a obra, tanto nas calçadas como nos canteiros centrais
  • Adequação das calçadas, guias e sarjetas necessárias, para construção das rampas;
  • Travessias com acessibilidade para pessoas com deficiência nos cruzamentos