O programa SP Mobile localizou 15.900 aparelhos e restituiu 5.416 unidades a vítimas de roubo e furto no estado de São Paulo entre junho e novembro de 2025, informou nesta quinta-feira a coordenação do sistema. A ação combina o cruzamento do IMEI dos dispositivos com boletins de ocorrência e informações das operadoras para identificar equipamentos reativados e acionar responsáveis.
Segundo a secretaria responsável, o sistema estruturalizou a integração entre investigação policial e prestadoras de telefonia, acelerando a recuperação e dificultando a circulação de celulares de origem criminosa. Quando um aparelho é detectado como reativado, o SP Mobile envia um alerta ao usuário informando que o celular consta como furtado ou roubado e orientando a comparecer a uma delegacia para regularizar a situação e permitir a devolução ao proprietário legítimo.
Os dados mensais mostram crescimento na atuação: 1,3 mil recuperações em junho; 3 mil em julho; 1,5 mil em agosto; 3,4 mil em setembro; 2,3 mil em outubro; e 4,2 mil em novembro. No mesmo período, as restituições passaram por variações mensais — 857 em junho, 1.058 em julho, 794 em agosto, 1.344 em setembro, 645 em outubro e 718 em novembro — totalizando 5.416 aparelhos entregues às vítimas.
Entre junho e novembro o sistema emitiu 3.908 notificações a usuários que reativaram aparelhos com registro de furto ou roubo: 824 em junho, 670 em setembro, 1.441 em outubro e 965 em novembro, segundo a coordenação.
O coordenador do SP Mobile, delegado Rodolfo Latif Sebba, destacou que o objetivo é desestimular a comercialização de celulares de origem ilícita e desmontar a cadeia logística que sustenta roubos e furtos. Ele afirmou que, ao reduzir a receptação, o programa ataca o incentivo financeiro dos criminosos e reforça a investigação policial.
Ainda de acordo com a coordenação, os primeiros efeitos do programa já se refletem nos indicadores criminais do estado: entre janeiro e outubro de 2025 foram registrados 215,5 mil casos de roubo e furto de celulares, queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O SP Mobile atribui parte dessa redução à ação integrada de recuperação de aparelhos e responsabilização de receptadores.
A secretaria reforçou que a principal condição para localização dos celulares é o registro do boletim de ocorrência pela vítima com o número de IMEI do aparelho. Sem essa informação, o sistema não consegue identificar nem acionar a reativação do equipamento.
A iniciativa, segundo a pasta, representa uma política pública que combina tecnologia, cooperação com operadoras e atuação policial para tornar mais difícil a comercialização de produtos subtraídos e aumentar a segurança da população.