Projeto na Câmara de Ribeirão Preto visa evitar corte imediato de água por inadimplência com pagamento na hora

Um projeto de lei apresentado na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto propõe uma alternativa para usuários inadimplentes evitarem o corte do abastecimento de água

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Nando Medeiros
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Projeto na Câmara de Ribeirão Preto visa evitar corte imediato de água por inadimplência com pagamento na hora

Um projeto de lei apresentado na Câmara de Vereadores de Ribeirão Preto propõe uma alternativa para usuários inadimplentes evitarem o corte do abastecimento de água.

A iniciativa, de autoria da vereadora Perla Müller (PT), permite que o pagamento da dívida seja efetuado no momento em que o servidor da Secretaria de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Saerp) for interromper o fornecimento. O pagamento poderá ser realizado via cartão de débito, crédito ou transferência instantânea pelo Pix, com o servidor munido de uma máquina para viabilizar a quitação imediata.

De acordo com a justificativa do projeto, a medida busca facilitar a regularização dos débitos e garantir a continuidade dos serviços essenciais de água e esgoto, preservando a dignidade dos munícipes. A parlamentar destacou que o corte desses serviços ainda afeta principalmente famílias em situação vulnerável, e que a proposta amplia a chance de evitar a suspensão do abastecimento ao oferecer uma última oportunidade para o usuário quitar o débito.

Além do benefício social, a vereadora argumenta que a iniciativa reduzirá custos operacionais para a Saerp, pois evitará que servidores precisem retornar para realizar a religação após o pagamento ser efetuado posteriormente.

O projeto não interfere em competências exclusivas do Poder Executivo e será apreciado pela Câmara após o recesso parlamentar, que teve início em 15 de julho e segue até 4 de agosto.

Atualmente, Ribeirão Preto conta com cerca de 217 mil ligações de água e 207 mil de esgoto, distribuídas em uma rede que ultrapassa 2 mil quilômetros. A cidade utiliza 120 poços artesianos que captam água do Aquífero Guarani. Desde o começo deste ano, os moradores enfrentam um reajuste de 4,76% nas tarifas de água e esgoto, um pouco abaixo do aumento médio de 5,15% registrado no ano anterior.