Parceria entre a Secretaria Municipal da Justiça e o COMDEPIR expõe painéis produzidos por 81 grafiteiros; mostra ao ar livre segue até 2 de junho

Fotos: Guilherme Sircili

O Dia da África foi celebrado em Ribeirão Preto com uma parceria entre a Secretaria Municipal de Justiça e o COMDEPIR, Conselho Municipal de Desenvolvimento e Promoção da Igualdade Racial. As duas entidades se uniram para homenagear 81 personalidades negras que fizeram nossa história e, assim, promover a importância da história africana para o Brasil e da luta antirracista.

Carolina de Jesus, Milton Nascimento, Cauby Peixoto, Simonal, Milton Santos e Conceição Evaristo são alguns dos 81 homenageados pelos painéis produzidos por 81 grafiteiros brasileiros. As imagens foram cedidas pelo MIS (Museu da Imagem e do Som) de São Paulo.

“O Brasil não repete a África, o Brasil reinventa a África. Entre a África e o Brasil há uma permanente troca, de maneira de viver, de maneira de sentir, pensar e atuar, de falar, dizer, criar”, comentou o Chefe de Divisão de Igualdade Racial, Renato Caetano.

A figura central da homenagem é Emanoel Araújo. Escultor, desenhista, ilustrador, figurinista, gravurista, cenógrafo, pintor e ex-diretor do Museo Afro-Brasil, Manoel Araújo nos deixou recentemente, aos 81 anos. Painéis com sua imagem e dos demais homenageados estão expostos nos pontos de ônibus da Praça das Bandeiras, nas ruas Américo Brasiliense e Visconde de Inhaúma, no entorno da Catedral. A exposição ao ar livre permanece no local até o dia 2 de junho.

“É um dia de fortalecer a luta antirracista e a importância da história africana para a história brasileira”, João Antunes Neto, Diretor do Departamento de Direitos Humanos e Igualdade Racial, sobre a data. 

Comemorado mundialmente, o Dia da África marca um dia histórico para o continente negro. Há exatos 60 anos, em 25 de maio de 1963, líderes de 32 países africanos se reuniram em Adis-Abeba, na Etiópia, para assinar o acordo da OUA (Organização da Unidade Africana, substituída desde 2002 pela UA, União Africana). A entidade é um símbolo da libertação, emancipação, desenvolvimento, progresso e promoção da solidariedade e da unidade dos países africanos e da erradicação do colonialismo que, na época, ainda se fazia presente.