Ribeirão Preto registra queda de quase metade nos casos de dengue em 2025, mas prefeitura pede vigilância

Apesar dos resultados positivos, a administração municipal reforçou o alerta para o início do período de chuvas, que aumenta o risco de proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya

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Nando Medeiros
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Ribeirão Preto registra queda de quase metade nos casos de dengue em 2025, mas prefeitura pede vigilância

Ribeirão Preto registrou redução significativa nos registros de dengue ao longo de 2025. Entre janeiro e novembro foram confirmados 21.479 casos, queda de 49% ante as 42.612 ocorrências registradas no mesmo período de 2024. O número de mortes também caiu: foram 11 óbitos neste ano, contra 23 no ano anterior.

A Secretaria Municipal da Saúde atribuiu o recuo às ações preventivas intensificadas desde o começo do ano e à reorganização do atendimento para suspeitas e confirmações da doença. Todas as 64 unidades de saúde do município passaram a disponibilizar equipes médicas específicas para pacientes com sintomas compatíveis com dengue, o que, segundo a pasta, acelerou o diagnóstico e o tratamento.

As ações de campo foram mantidas de forma contínua. Aos sábados, equipes da Subsecretaria de Vigilância em Saúde realizaram arrastões por diferentes regiões da cidade, vistoriando 96.252 imóveis, recolhendo 6.393 pneus e retirando 63,8 toneladas de materiais inservíveis que poderiam acumular água. No conjunto das atividades rotineiras e mutirões, a prefeitura contabilizou 710.562 visitas domiciliares e identificou 18.075 focos do mosquito Aedes aegypti.

Como reforço nos pontos de maior incidência, foram instaladas 1.360 EDLs (Estações Disseminadoras de Larvicida) em locais estratégicos, residências, comércios, borracharias, ferros-velhos, cemitérios e depósitos de pneus, com o objetivo de reduzir a reprodução do vetor.

Apesar dos resultados positivos, a administração municipal reforçou o alerta para o início do período de chuvas, que aumenta o risco de proliferação do Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A subsecretária de Vigilância em Saúde, Luzia Márcia Romanholi Passos, declarou que o desempenho é fruto de trabalho contínuo e pediu que a população mantenha os cuidados: eliminar recipientes que acumulam água, tampar caixas d'água, limpar calhas e ralos e facilitar o acesso das equipes de saúde às residências.

A prefeitura enfatizou que a participação dos moradores segue sendo decisiva para manter a tendência de queda e prevenir novos surtos durante a temporada chuvosa.