A Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto informou que o serviço de motolância do Samu será encerrado. A pasta justificou a medida apontando uma orientação nacional, segundo a secretaria, o Ministério da Saúde não habilita novas motocicletas para atendimento pré-hospitalar, e ressaltou limitações operacionais do modelo.

Atualmente, Ribeirão Preto opera quatro motolâncias adquiridas em 2021 (motos Yamaha XT 250 Lander, compradas por R$ 18,3 mil cada). A administração ressaltou que, embora a motocicleta permita deslocamento rápido, o atendimento inicial por moto costuma depender da chegada de ambulância para conclusão do socorro, o que pode ampliar o tempo até a resposta efetiva e demandar mais profissionais na mesma ocorrência.

A Secretaria citou também que, desde abril, o Samu conta com um Veículo de Intervenção Rápida (VIR) com equipe própria, que tem atuado com maior capacidade de atendimento no local. Com o encerramento do serviço de motolância, os quatro profissionais que hoje trabalham nessa modalidade serão reintegrados às equipes de ambulâncias, segundo a prefeitura, visando otimizar recursos humanos e materiais e alinhar o serviço às diretrizes técnicas de urgência e emergência.

O Sindicato dos Servidores Municipais de Ribeirão Preto criticou a decisão e qualificou o encerramento como um retrocesso, alertando que a medida pode aumentar o tempo de socorro e colocar em risco a população. A entidade argumenta ainda que os custos de manutenção das motolâncias são baixos e que há verbas federais para esse fim.

A Prefeitura/Secretaria não detalhou, na nota divulgada hoje, prazos para a desativação das motos ou eventuais mudanças na logística de atendimento além da realocação dos profissionais.