Releitura das principais obras do Modernismo marcam comemoração do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922

Fotos: Divulgação

A Secretaria da Cultura e Turismo, em parceria com a Câmara Municipal de Ribeirão Preto, realiza a mostra “Abaporu Periférico”, em comemoração ao centenário da Semana de Arte Moderna de 1922. A exposição foi preparada pelas Fábricas de Cultura Zona Leste e São Bernardo do Campo, que prepararam a exposição de telas grafitadas com releituras de algumas das principais obras do Modernismo. Essas releituras somam 12 telas, que contemplam os trabalhos de Anita Malfatti, Zina Aita, John Graz, Tarsila do Amaral e Di Cavalcante.

A obra “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, conhecida com o mais famoso quadro da Semana de Arte, dá nome à exposição, além de ter servido como inspiração para o artista Eduardo Marino, colocar nele seus traços do grafite de rua na obra.

As releituras das pinturas contam com implementações da arte do grafite, com características marcantes dos cenários urbanos e representações de cidades e comunidades. As releituras também possuem elementos presentes em nosso dia a dia, como as máscaras usadas durante a pandemia da COVID-19.

Outra importante obra com releitura é o “O Mamoeiro”, adaptado pela grafiteira Pamela Ramos. A pintura original mostra as primeiras ocupações das comunidades nos morros no Rio de Janeiro e, na releitura, Pamela apresentou a realidade das ruas de sua comunidade.

Outra importante pintura da Semana de Arte Moderna que pôde ser adaptada e inspirou a artista Lais da Lama foi a obra Operários, também de Tarsila. Na releitura, feita pela grafiteira, os operários fazem o uso de máscaras de proteção contra a Covid-19, mostrando uma injeção de atualidade.

Os grafiteiros responsáveis por transpor as técnicas e vivências do grafite para as releituras são: Crédo (Eduardo Marinho), Banguone (Mário Rodrigo dos Reis), Mandi (Rodrigo Dutra), Laís da Lama, Pandora (Pamela Ramos), Nino, Pow (Gabriel Fernando), Anjinha (Angélica da Sena), Del Grafites, Kauê Fidelis, Robson Melancia (Robson Marques) e Faty (Fátima), artistas locais, que residem ou atuam próximos às Fábricas de Cultura.