A Secretaria de Assistência Social promoveu atividades no Complexo do CETREM, por meio do Departamento de Proteção Social Especial (DPSE) em parceria com o Conselho Municipal da Atenção à Diversidade Sexual (CMADS), em combate ao preconceito contra a população LGBTQIA+.

No encontro, foi utilizado um vídeo aula gravado e apresentado pela professora Maria Fernanda Ribeiro Pereira, professora de artes da rede municipal de ensino e travesti, com conteúdo organizado pela chefe da Alta Complexidade da SEMAS, Larissa Melo, e material editado por Johnn William, coordenador da Iniciativa RoJuNe, grupo que pauta a juventude negra. Foi trabalhada a introdução de conceitos e direitos das pessoas LGBTQIA+ e sobre identidade de gênero. Após a exibição do material audiovisual, foi realizada uma roda de conversa sobre o atendimento da população em situação de rua que acessa o acolhimento com essa demanda específica, contando com a presença de toda a equipe do CETREM.

Johnn comenta o avanço nas tratativas dessas discussões. “Participar desta capacitação me fez observar um momento importante de avanço na SEMAS, em específico, o setor de acolhimento. O conhecimento precisa ser plural, principalmente nesta área onde existe um grande volume de pessoas neste perfil. Com o conteúdo apresentado, tivemos todo o cuidado para que fosse um material técnico, mas com uma linguagem de fácil entendimento, para de fato resultar em um atendimento humanizado direcionado a população LGBTQIA+ desta cidade”.

Larissa Melo, chefe da Alta Complexidade, do DPSE, comentou sobre a proposta das ações. “O processo de aprendizado, deve ser contínuo para o trabalho e também para a vida, para assim descontruímos preconceitos e replicarmos informações que acolham com dignidade toda e qualquer pessoa em todos os espaços”.

O material do projeto vem sendo desenvolvido há seis meses através de uma proposta idealizada pelo Gerenciamento de Serviços de Alta Complexidade da SEMAS em conjunto com o CMADS, com perspectiva que se estenda a todo o núcleo da Secretaria no próximo ano, integrando todas as frentes de atuação, desde os profissionais que atuam no setor de manutenção e limpeza, aos que atuam no atendimento e gestão, seguindo o modelo iniciado no complexo CETREM.

Segundos dados Demográficos, a proporção de pessoas LGBTQIA+ assumidas no país (7,5%) é maior que a média mundial (3%), porém, diante do preconceito cotidiano, acabam tendo que recorrer a outros meios de sobrevivência, relatando dificuldades para adentrarem ao mercado formal de trabalho.

A secretária de Assistência Social, Renata Corrêa afirma: “Não estamos medindo esforços para avançar em todas áreas em que a Assistência Social tem atuação. Trazer este novo olhar e o sentimento de pertença, de respeito, sem dúvida é o melhor caminho para estabelecermos e fortalecermos os vínculos com essa população”.