Desde a última quarta-feira, dia 21 de dezembro, a Secretaria da Cultura e Turismo de Ribeirão Preto, por meio do Museu da Imagem e do Som (MIS), leva ao Terminal Rodoviário a exposição “Grandes Personalidades Negras”, realizada pelo MIS em Cena. São 81 obras que retratam personalidades negras que marcaram a história brasileira, desenvolvidas em grafite por artistas da periferia de cidades paulistas.

As entidades culturais do Estado de São Paulo, como CEUs e Fábricas de Cultura, indicaram as personalidades que seriam homenageadas na exposição. Os artistas, inspirados pela história de cada personalidade, criaram as obras durante uma ação de live panting, ocorrida em setembro, no Museu Afro Brasil.

As personalidades negras foram selecionadas tendo em vista sua trajetória, com o objetivo de evidenciar as biografias e oportunizando o acesso da grande massa aos conteúdos históricos de grandes nomes que deram sua contribuição à formação do país. Buscam exaltar o papel histórico de uma população, da raça, de sua diversidade, através de uma rica e milenar cultura, contribuindo para formação da sociedade brasileira em uma enormidade de aspectos: dança, música, religião, culinária e profissões diversas.

O grafite foi o meio de expressão escolhido para o projeto tanto por seu potencial de falar sobre cada indivíduo, sobre a coletividade e o mundo, como por ser uma maneira de empoderar os artistas e afirmar as muitas identidades e existências que compõem as cidades, e que tantas vezes são invisibilizadas.

Entre as 81 personalidades negras homenageadas na exposição, que segue até o dia 28 de janeiro, estão: Adelina, a charuteira; Antonieta Barros; Conceição Evaristo; Elza Soares; Emanoel Araujo; Enedina Alves Marques; José do Patrocínio; Maria Soldado; entre outros.

Para saber mais sobre cada personalidade homenageada acesse o link e conheça as pessoas que fizeram história.

O MIS em Cena é um projeto que visa democratizar o acesso à cultura, contemplando a produção artística nas periferias da cidade, transpondo as barreiras físicas dos museus. Nesta terceira edição, as obras produzidas pelos grafiteiros serão fotografadas e reproduzidas em cartazes, que serão exibidos em uma grande exposição simultânea. Outro propósito da ação é o reconhecimento da técnica do grafite como manifestação artística de valor cultural – combatendo preconceitos e valorizando as pluralidades de ações no âmbito das artes urbanas.