A Polícia Civil prendeu três suspeitos envolvidos em um esquema que utilizava um site falso da loja do Grêmio para aplicar golpes com pagamentos via Pix. Em Ribeirão Preto foi detido um homem de 26 anos apontado como responsável por abrir e operar a intermediadora de pagamentos que recebia e redistribuía os valores. As perdas estimadas atingem até R$ 250 mil, segundo a investigação, e há pelo menos dez vítimas identificadas.
Outros dois suspeitos foram presos durante a Operação Manto: um de 28 anos, considerado líder do grupo, em Sales Oliveira, e um jovem de 18 anos em Curitiba (PR). Os nomes não foram divulgados pelas autoridades. O delegado Marcos Vinícius Nespolo De David, da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos, informou que as compras eram feitas normalmente, mas as vítimas eram redirecionadas para uma plataforma de pagamento por Pix e não recebiam os produtos adquiridos.
A apuração revelou ainda a existência de uma empresa de fachada criada para funcionar como intermediadora de pagamentos em diferentes fraudes online, não apenas na página que simulava a loja do clube. Para dar credibilidade ao golpe, os investigados chegaram a produzir um vídeo deepfake do zagueiro Pedro Geromel usando inteligência artificial.
As investigações começaram após registros de boletins de ocorrência e uma notícia-crime apresentada pelo próprio Grêmio. Os suspeitos responderão por estelionato. O clube informou que denunciou o site falso às autoridades e que o bloqueio de bens dos investigados pode viabilizar ressarcimento às vítimas.
O delegado recomendou cuidados para evitar fraudes: desconfiar de ofertas com vantagens exageradas, checar o endereço (URL) do site antes de efetuar pagamentos e analisar com cautela vídeos e depoimentos que pareçam suspeitos.
