Tribunal de Justiça condena 10 por ataque a carro‑forte na SP-334; penas somam mais de 120 anos

Além das acusações de roubo qualificado e organização criminosa armada, os réus responderam por crimes como adulteração de sinal identificador de veículo

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Nando Medeiros
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Tribunal de Justiça condena 10 por ataque a carro‑forte na SP-334; penas somam mais de 120 anos

O Tribunal de Justiça de São Paulo julgou e condenou 10 pessoas envolvidas no ataque a um carro‑forte ocorrido em 9 de setembro do ano passado na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), em Restinga, próximo a Batatais. As penas, somadas, ultrapassam 120 anos de prisão. A maior pena, de 46 anos e 10 meses, foi imposta a Ricardo Marques Trovão Lafaeff, classificado pelo Ministério Público como integrante do grupo responsável pelo assalto.

Segundo a denúncia, cerca de 15 homens armados interceptaram o veículo que seguia de Franca a Ribeirão Preto; houve troca de tiros e explosão do carro‑forte, mas o cofre acabou pegando fogo e os criminosos fugiram sem levar o dinheiro. Em confrontos posteriores com a polícia ocorreram mortes e feridos: um policial militar, um caminhoneiro e três suspeitos morreram durante as perseguições.

Lafaeff foi identificado após procurar atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Valinhos com um ferimento no pé; ele apresentou documento falso e, segundo a investigação, mentiu sobre a causa do ferimento ao alegar que havia pisado em um vergalhão. Já havia histórico de prisão em 2023 por porte de armamento similar ao utilizado no ataque.

Além das acusações de roubo qualificado e organização criminosa armada, os réus responderam por crimes como adulteração de sinal identificador de veículo, lavagem e ocultação de bens e falsidade ideológica. O julgamento foi conduzido pelo juiz Ewerton Meirelis Gonçalves, da 2ª Vara Criminal de Franca. Entre os condenados, apenas Denis da Costa Oliveira, que foi sentenciado a 5 anos e 3 meses por lavagem e ocultação de bens, poderá recorrer em liberdade.

As investigações que antecederam as condenações incluíram a Operação Carcará, deflagrada pela Polícia Civil, com duas fases que resultaram em prisões, uma morte em confronto e apreensões, entre elas, mais de R$ 900 mil, veículos, armas, munições, eletrônicos e drogas. Autoridades também apontaram participação de pessoas responsáveis pela logística da fuga e pela tentativa de burlar a identificação do ferido na UPA.

A Justiça confirmou, com as sentenças proferidas, a responsabilização dos envolvidos pelo ataque que abalou o entorno de Franca e da região metropolitana de Ribeirão Preto.