USP de Ribeirão Preto intensifica exames para identificar metanol em amostras em até 40 minutos

O método utiliza um cromatógrafo em fase gasosa que processa frascos individuais com as amostras

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Nando Medeiros
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USP de Ribeirão Preto intensifica exames para identificar metanol em amostras em até 40 minutos

O laboratório da USP em Ribeirão Preto passou a concentrar análises para acelerar diagnósticos de suspeita de intoxicação por metanol, atendendo também cidades como Botucatu e Campinas. O equipamento disponível está preparado para detectar metanol rapidamente: do momento em que a amostra (sangue ou urina) é inserida até a conclusão do laudo, o procedimento exige entre 30 e 40 minutos.

O método utiliza um cromatógrafo em fase gasosa que processa frascos individuais com as amostras. Durante a análise, o conteúdo do frasco é aquecido para que compostos voláteis, como etanol e metanol, passem para a fase de vapor. Uma seringa automática captura esse vapor e o aparelho identifica e quantifica as substâncias presentes. A quantificação é feita a partir de curvas de calibração montadas com padrões de concentrações conhecidas para permitir comparação com a amostra do paciente.

Por se tratar de uma substância altamente tóxica, qualquer detecção é motivo de alerta, já que o metanol pode causar lesões no fígado, alterações no sistema nervoso e até cegueira ou morte.

A iniciativa visa dar suporte a hospitais e às investigações sobre casos suspeitos de bebidas adulteradas na região, reduzindo o tempo entre a chegada da amostra ao laboratório e a entrega do resultado aos médicos e autoridades responsáveis.