USP de São Carlos inaugura centro inovador para nanotecnologia no combate ao câncer e doenças raras

Com um aporte inicial de cerca de 12 milhões de reais e vigência até 2028, o Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia Aplicada ao Diagnóstico e Terapia do Câncer e Doenças Raras

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Nando Medeiros
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USP de São Carlos inaugura centro inovador para nanotecnologia no combate ao câncer e doenças raras

O Instituto de Física de São Carlos (IFSC) da USP tornou-se sede de um novo centro temático financiado pela Finep, focado no desenvolvimento de sistemas avançados de diagnóstico e terapias baseadas em nanomedicina para o tratamento de câncer e doenças raras, como a Atrofia Muscular Espinhal (AME).

Com um aporte inicial de cerca de 12 milhões de reais e vigência até 2028, o Centro Nacional de Inovação em Nanotecnologia Aplicada ao Diagnóstico e Terapia do Câncer e Doenças Raras visa consolidar pesquisas de ponta que já vêm sendo realizadas no IFSC.

Coordenado pelo professor Valtencir Zucolotto, o centro é resultado do trabalho do Grupo de Nanomedicina e Nanotoxicologia (GNano), fundado em 2012. Além dele, participam os professores Osvaldo Novais de Oliveira Jr e Cleber Mendonça, ligados a grupos do IFSC especializados em polímeros e fotônica.

O centro contará ainda com parcerias externas, envolvendo instituições como o Hospital de Amor, a Faculdade de Medicina da USP e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp), além de colaborações internacionais.

A iniciativa pretende ampliar a infraestrutura e o quadro de pesquisadores, promovendo a inovação na criação de nanofármacos e acelerando a transferência tecnológica para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para empresas do setor. Entre os focos do centro estão a nanomedicina teranóstica, que combina diagnóstico e tratamento em nanopartículas capazes de identificar e eliminar células tumorais; o desenvolvimento de nanovacinas personalizadas para imunoterapia contra câncer e doenças raras; e a nanotoxicologia, que avalia a segurança dos nanomateriais para o organismo e o meio ambiente.

O GNano já foi reconhecido em 2024 com o prêmio Veja Saúde & Oncoclínicas de Inovação Médica pela criação de uma tecnologia que permite a administração nasal de medicamentos no tratamento do glioblastoma. O novo centro representa um avanço significativo para a pesquisa científica em São Carlos, com potencial para transformar o tratamento de doenças complexas por meio da nanotecnologia.