Antônio Garnica e sua filha Viviane Garnica Miotto prestaram depoimento às autoridades que investigam as mortes por envenenamento da professora de pilates Larissa Talle Leôncio Rodrigues, de 37 anos, ocorrida em 22 de março, e de sua cunhada Nathalia Garnica, de 42 anos, que faleceu em 9 de fevereiro.

Antônio, ex-marido de Elizabete Eugênio Arrabaça Garnica e pai de Luiz Antônio Garnica, ambos detidos sob suspeita, revelou que Elizabete teria contratado um seguro de vida em seu nome, nomeando-se beneficiária sem o seu consentimento.

Viviane, por sua vez, informou que identificou 16 financiamentos feitos pela mãe, totalizando cerca de R$ 320 mil em dívidas, atribuídas a um vício em jogos.

Durante os depoimentos, Viviane também explicou que, no dia em que a cunhada foi encontrada morta, limpou apenas a sujeira deixada pelo cachorro da vítima, após ter sido uma das primeiras a chegar ao local.

Elizabete e seu filho, o médico Luiz Antônio Garnica, seguem presos preventivamente. Um ponto crucial da investigação é o álibi do médico, que teria sido visto na véspera da morte de Larissa com uma suposta amante, situação que sua defesa usa para sustentar sua inocência.

Os laudos confirmaram que ambas as mortes ocorreram por envenenamento com chumbinho. A defesa de Luiz Antônio argumenta que Elizabete teria motivação financeira e emocional para os crimes e teria praticamente confessado, enquanto a defesa de Elizabete tenta converter sua prisão preventiva em domiciliar devido a problemas de saúde.

A prisão temporária de mãe e filho, prorrogada uma vez, deve terminar em 5 de julho, data em que a Polícia Civil pretende concluir o inquérito e encaminhá-lo ao Ministério Público, que já manifestou intenção de denunciar os envolvidos, o que pode levar à conversão das prisões para preventivas.