Escola municipal é reconhecida em campeonato que estimula o desenvolvimento artístico-cultural de estudantes surdos

Escola municipal é reconhecida em campeonato que estimula o desenvolvimento artístico-cultural de estudantes surdos

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Nando Medeiros
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Escola municipal é reconhecida em campeonato que estimula o desenvolvimento artístico-cultural de estudantes surdos

Produção coletiva para a educação bilíngue de surdos desenvolvida por professora de Ribeirão Preto chega ao 2º lugar em projeto da UFSCar

A EMEF Sebastião de Aguiar Azevedo II venceu a 3ª edição do Campeonato Artístico-Literário para alunos surdos do CasaLibras, projeto da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A unidade, que compõe a rede municipal de ensino, levou o 2º lugar na categoria Ensino Fundamental II - Pintura/Vídeo.

O campeonato é voltado para estudantes surdos e professores da Educação Básica de todo o país e promove boas práticas para a educação bilíngue de surdos, especialmente para estudantes surdos, em todos os níveis da Educação Básica. Ao todo, a edição recebeu 98 inscrições de 40 escolas brasileiras, com 480 alunos envolvidos, entre surdos e ouvintes. O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), deu apoio à edição.

O reconhecimento nacional veio pelo grupo de alunos Beatriz Vizzoto, Fernanda Marques de Araujo Silva, Victor Gabriel Oliveira Nascimento e Rafael Henrique Senra Souza, sob instrução das professoras Samara Ellen Conrado e Márcia Nishi. Juntos, eles atenderam ao desafio de criação artística coletiva de uma releitura do quadro “Campo de Girassóis”, de Van Gogh, com uma tela contendo elementos culturais da comunidade surda. A releitura mostra um campo de girassóis que se alegra ao ser iluminado pelas mãos que fazem o sinal em Libras.

Para a segunda parte do desafio, um vídeo com descrição-síntese sobre o pintor e Cacau Mourão, poeta surdo e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a profissional intérprete de Libras, Samara, explica que Rafael, o aluno surdo do grupo, ensinou a língua de sinais aos colegas. “Por meio da arte, os demais alunos perceberam a importância da acessibilidade e inclusão, o que ampliou a conscientização na comunidade escolar”, conta a professora.

A fim de incentivar a adesão das unidades escolares, a Divisão de Educação Especial da Secretaria Municipal da Educação promoveu uma formação para professores surdos, intérpretes e guias-intérpretes, complementando os esforços para a inclusão dos estudantes com deficiência e na melhoria do ensino.