A Polícia Federal deflagrou a operação Descalabro e realizou buscas relacionadas a um esquema de desvio de recursos públicos da saúde que pode chegar a R$ 13 milhões.
Entre os alvos está o ex-prefeito de Bebedouro Fernando Galvão Moura. Segundo a PF, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e determinado o sequestro de bens e valores dos investigados; não houve prisões durante as diligências.
De acordo com a investigação, a Organização Social de Saúde Hospital Psiquiátrico Mahatma Gandhi, sediada em Catanduva, teria sido responsável pela gestão de verbas públicas e pela celebração de contratos superiores a R$ 13 milhões com empresas de fachada vinculadas a dirigentes da própria organização, para viabilizar o desvio dos recursos.
Fernando Galvão Moura, que comandou a Prefeitura de Bebedouro em dois mandatos entre 2013 e 2020, foi apontado pela PF como um dos investigados. Em julho deste ano ele teria recebido convite para assumir a Diretoria de Cooperativismo do Estado de São Paulo.
A assessoria do ex-prefeito afirmou que ele nega envolvimento e que irá se manifestar nos autos do processo. Segundo a defesa, a menção a Moura na investigação decorre do período em que esteve à frente do Executivo municipal, mas ele não teria ligação com o grupo investigado.
A Prefeitura de Bebedouro divulgou nota informando que o município não é alvo de investigação da Polícia Federal e que não sofreu diligências relacionadas à operação Descalabro nesta quinta.
A PF não detalhou, por ora, os nomes de todos os alvos ou os desdobramentos imediatos das apurações. A investigação segue em curso com o objetivo de mapear a atuação da organização social e possíveis responsáveis pelo suposto desvio de recursos destinados à saúde.