Polícia Civil ouve presos ligados ao assalto ao condomínio de luxo no Centro de Ribeirão Preto

Operação Cercado ampliou a lista de prisões, que hoje totalizam 14 dos 17 investigados

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Nando Medeiros
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Polícia Civil ouve presos ligados ao assalto ao condomínio de luxo no Centro de Ribeirão Preto

A Polícia Civil realizou interrogatórios com diversos suspeitos apontados como integrantes do grupo que invadiu em setembro o Edifício Jatiúca, no centro de Ribeirão Preto. As oitivas ocorreram na sede da Delegacia de Investigações Gerais (DIG/DEIC) e tiveram presença de defesa técnica e esquema de segurança para evitar tumultos.

Das 17 pessoas que a investigação já identificou como participantes do crime, 14 estavam detidas até esta quinta-feira e pelo menos sete tiveram seus advogados formalmente notificados para as sessões de depoimento. Entre os ouvidos na delegacia estiveram, segundo a polícia, suspeitos ligados ao chamado núcleo operacional: Carlos Alberto da Silva, André Luiz Pereira Nunes e Henrique Eduardo Louredo Monteiro. Também prestaram depoimento outros presos incluídos nas prisões mais recentes, Adriano Prates, Merice, Diego de Freitas, Wellington Antônio Prates Caetano e Vinícius Lúdio dos Santos.

A investigação apura atuação com divisão de funções, operacional, logística e financeira, no assalto ocorrido na manhã de 24 de setembro, quando cerca de dez homens armados invadiram o prédio de alto padrão na rua Campos Salles. Parte do grupo passou a noite em um apartamento no 13.º andar e, pela manhã, rendeu funcionários e moradores para acessar os apartamentos. Os criminosos fizeram saques e transferências por Pix usando telefones das vítimas, segundo a apuração.

Após a fuga por volta das 9h30, três veículos foram usados; dois foram incendiados dias depois e o terceiro, um Tiggo azul, foi encontrado em um imóvel na zona Norte que serviu como base. No local foram apreendidos armamento, acessórios para disfarce, joias, celulares e cerca de R$ 75 mil em espécie.

As detenções começaram ainda no dia do crime, com prisões atribuídas aos núcleos logístico e financeiro, entre eles Fabiana de Paula Fernandes Miranda e Pablo Rodrigues Cardoso, que teriam participado do aluguel do imóvel usado no ataque com documentação falsa, e prosseguiram nas semanas seguintes, com alvos capturados em Ribeirão Preto e em São Paulo. A Operação Cercado ampliou a lista de prisões, que hoje totalizam 14 dos 17 investigados. Três suspeitos permanecem foragidos, entre eles a pessoa apontada como ligada tanto ao apoio logístico quanto à parte financeira das ações.