Uma decisão judicial determinou a pronúncia do policial militar identificado como Cintra no processo pela morte de João Victor, ocorrida em 3 de outubro de 2024. A data do julgamento pelo Tribunal do Júri ainda não foi marcada.
O crime ocorreu por volta da 1h da madrugada, segundo o boletim de ocorrência. Conforme as investigações, uma ordem de parada não teria sido obedecida, o que motivou uma perseguição policial que atravessou três cidades da região e terminou na Avenida Quatro, no centro de Orlândia, a poucos metros da casa da família. Câmeras de segurança registraram a abordagem final e imagens mostram o irmão da vítima, Gabriel Henrique Moura Rangon, sendo contido pelos agentes.
De acordo com o registro policial, a arma de um dos policiais disparou e atingiu a cabeça de João Victor. Ele foi socorrido, mas morreu ao dar entrada no hospital. Gabriel sofreu escoriações no braço e no punho. Não foram encontradas drogas nem armas com os irmãos nem no interior do veículo.
Em depoimento à época, Cintra permaneceu em silêncio. Um colega que participou da ação afirmou ter ouvido o policial dizer que o tiro teria sido acidental.
O advogado que representa a família da vítima, Vinicius Ribeiro, declarou que a acusação concorda com a pronúncia e entende que há provas suficientes de materialidade e autoria para levar o caso a julgamento. Ele afirmou que a família seguirá mobilizando todos os meios legais para buscar uma resposta célere e efetiva da Justiça.
A apuração do caso segue em andamento, e a Procuradoria informou que a defesa usará os recursos previstos em lei para tentar reverter a decisão. Enquanto a data do júri não é fixada, o processo continua tramitando nos autos.
