Professor de Sertãozinho é condenado por assédio e importunação sexual contra adolescentes

A 2ª Vara Criminal da Comarca de Sertãozinho proferiu, sentença condenando Cauê Fiorentino de Assis por assédio e importunação sexual contra um adolescente, crimes ocorridos entre 2021 e 2022

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Nando Medeiros
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Professor de Sertãozinho é condenado por assédio e importunação sexual contra adolescentes

A 2ª Vara Criminal da Comarca de Sertãozinho proferiu, sentença condenando Cauê Fiorentino de Assis por assédio e importunação sexual contra um adolescente, crimes ocorridos entre 2021 e 2022.

Embora tenha sido condenado, o professor não cumprirá pena de prisão, pois as penas privativas de liberdade foram substituídas por restritivas de direitos. Ele deverá, entretanto, cumprir obrigações determinadas pela Justiça.

De acordo com a decisão judicial, o assédio sexual consistiu em constrangimentos reiterados, com o objetivo de obter favores sexuais, aproveitando-se da posição de superioridade que exercia como professor.

A importunação sexual ocorreu entre agosto e setembro de 2022, no laboratório da escola, onde Cauê praticou atos libidinosos sem o consentimento da vítima.

A denúncia do Ministério Público foi amparada por depoimentos detalhados da vítima, que relatou episódios de abordagens indevidas, e por provas digitais, como prints de conversas que evidenciaram o comportamento assedioso do professor. Testemunhas confirmaram os relatos, incluindo uma colega que também sofreu assédio e já move ações judiciais contra o docente. O conselho tutelar atestou o constrangimento sofrido pelas vítimas.

A escola particular envolvida informou que os fatos não ocorreram dentro do ambiente escolar, não tendo havido comunicação prévia sobre os casos enquanto o professor fazia parte do quadro docente. Após tomar conhecimento das denúncias, a instituição afastou o docente e ressaltou que mantém treinamentos e canais de comunicação para proteger os alunos.

O juiz Hélio Benedini Ravagnani destacou que os atos do professor causaram danos profundos à saúde mental do adolescente, que precisou de tratamento psicológico e teve seu desenvolvimento afetado. Em 2024, Cauê Fiorentino de Assis já havia sido condenado a pagar R$ 40 mil em indenização por danos morais a uma ex-aluna que também sofreu assédio e perseguição por parte do professor.

A defesa do condenado preferiu não se manifestar sobre o caso.