O Ministério Público afirma que a morte de Larissa Rodrigues foi causada por envenenamento progressivo com chumbinho, administrado em doses ao longo do tempo para enfraquecer a vítima, segundo o promotor Marcus Túlio Nicolino.
A autópsia apontou sinais de intoxicação, e a acusação pediu depoimento presencial do médico legista para que ele explique de forma didática ao futuro corpo de jurados como ocorreu o envenenamento. De acordo com a investigação, Luiz Antonio Garnica teria oferecido sopas envenenadas à esposa em ocasiões em que buscou o alimento preparado pela mãe, Elizabete Arrabaça, e também teria medicado Larissa ao menos duas vezes com substâncias fornecidas pela genitora. Larissa foi encontrada morta na manhã do dia 22 de março.
A defesa de Garnica sustenta que somente a mãe cometeu o crime, sem participação do filho. Já a defesa de Elizabete nega qualquer envolvimento, alegando falta de provas e afirmando que não havia dificuldade financeira que motivasse o crime.
Os advogados também destacam que, segundo o laudo, uma única dose não teria sido letal. Mãe e filho acompanharam depoimentos por videoconferência e estão agendados para prestar depoimento presencial na próxima terça-feira, 14 de outubro de 2025. Após as oitivas e os interrogatórios, as partes farão as alegações finais; o promotor espera que o julgamento pelo tribunal do júri decida pela condenação ou absolvição dos réus.