Ribeirão Recebe Secretaria De Estado E Todos Os Municípios Da Macrorregião Para Debate Sobre A Regionalização Da Saúde

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Nando Medeiros
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Ribeirão Recebe Secretaria De Estado E Todos Os Municípios Da Macrorregião Para Debate Sobre A Regionalização Da Saúde

Oficina promove o diálogo entre macrorregião e entidades da saúde

Foto: Divulgação

A fim de ouvir os problemas de saúde em Ribeirão Preto e na Macrorregião, o governo do Estado de São Paulo está promovendo a Oficina de Regionalização da Saúde na cidade. O objetivo do evento é dialogar com os governos e as entidades hospitalares, construindo propostas para enfrentamento dos problemas diagnosticados através da regionalização. 

“É muito importante esse movimento na saúde do SUS, visto que o objetivo principal é a articulação ter as redes de assistência e serviços de saúde, com foco na melhoria da qualidade do atendimento”, fala a Secretária da Saúde, Jane Aparecida Cristina, durante a abertura da Oficina.

O evento, com duração de três dias, foi iniciado na terça, 7, com o diálogo entre os 90 governos municipais que compõem a macrorregião de Ribeirão Preto. No último dia de ação, 9, foi apresentado um balanço com os pontos debatidos e os principais desafios encontrados em cada regional de saúde e na macrorregião.

Um dos obstáculos, que está ocorrendo em âmbito nacional, mas já vem sendo debatido pelo governo municipal, é o enfrentamento das filas. Durante o evento, esse tema também foi apresentado como uma preocupação para o Estado.

“Não temos ideia do número exato de pessoas aguardando nas filas, não temos o tamanho exato dessa fila. No Estado, é uma, mas em cada região e município, é outra. Por isso, a regionalização da saúde se mostra como uma excelente alternativa para o enfrentamento desse desafio, pois para garantir o acesso aos serviços de saúde é preciso ter leitos, e para isso, é preciso ter hospitais, os quais necessitam de um bom gerenciamento para serem custeados”, fala o Secretário Estadual da Saúde, Eleuses Paiva.

Para assegurar esse acesso, a região de Ribeirão já recebeu novos leitos, sendo 101 são no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto, onde 47 são para a área da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e 54 para enfermaria, com foco em pediatria, oncologia e neurologia. Também foram abertos dois novos centros cirúrgicos.

Ainda, nas ações do governo do Estado na região, está prevista mais uma unidade de urgência do Hospital das Clínicas de Ribeirão, uma das solicitações do prefeito Duarte Nogueira, para garantir os serviços de saúde a Ribeirão e região.

Somente em Ribeirão, estão previstas duas novas unidades de saúde pela administração municipal, que irão atender mais de 1,5 mi pacientes. Apenas o AME Ribeirão Preto terá 26 especialidades médicas e terá capacidade para realizar 89 mil consultas e 8.760 cirurgias por ano. Já a UPA Ribeirão Verde prevê atender toda a população do Complexo, em torno de 20 mil pessoas. No setor de saúde mental, o governo municipal inaugurou o CAPS IV, com mais 20 novos leitos somente para o atendimento ambulatorial.

A saúde digital também foi debatida durante a abertura da Oficina de Regionalização da Saúde, como um pilar para melhorar o atendimento à população.

“Estamos com projetos para implantar a saúde digital, otimizando o atendimento e caminhando com o nosso objetivo: garantir o acesso a todos. Já implantamos um projeto inicial em dois hospitais, que impactou de forma positiva na redução das filas e na criação de novos leitos”, fala o secretário Eleuses.

A Regionalização da Saúde

O projeto de regionalizar a saúde prevê descentralizar a gestão e integrar essa assistência entre os municípios que compõem as regionais, garantindo o acesso a todos aos serviços de saúde.

“A regionalização vem como uma oportunidade de reavaliarmos os processos, buscando melhorar os que já temos e implementar novos, na garantia de enfrentar, de forma eficiente, os obstáculos do setor da saúde”, conclui Jane.

A regional de Ribeirão Preto é composta por 26 municípios, já a macrorregião, que forma a RRAS (Rede Regional de Atenção à Saúde) 13, por 90 municípios.

O objetivo do governo Estado de São Paulo é garantir um melhor gerenciamento da área da saúde e dos recursos aplicados, por meio da descentralização dos municípios e uma integração por região. 

“São Paulo é muito heterogêneo, principalmente na área da saúde. Com a regionalização, que prevê a descentralização, conseguiremos trazer mais homogeneidade no que tange a acessibilidade à saúde a toda a população, melhorando a gestão dos hospitais, filas, exames e todos os pilares desse setor”, alega o secretário Eleuses Paiva.

A Oficina de Regionalização da Saúde está sendo realizada no Centro de Eventos de Ribeirão Preto.